1) Página 131 – D. Miguel: salientando o efeito dissuasor das execuções, querendo que o castigo de Gomes Freire se torne num exemplo;
2) Página 140 – Matilde: na altura da execução são proferidas palavras de coragem e estímulo, para que o povo se revolte contra a tirania;
Num primeiro
momento, o título representa as trevas e o obscurantismo; num segundo
momento, representa a caminhada da sociedade em busca da liberdade.
Como facilmente se
constata a mesma frase é proferida por personagens pertencentes a mundos
completamente opostos: D. Miguel, símbolo do poder, e Matilde, símbolo
da resistência e do antipoder. Porém o sentido veiculado pelas mesmas
palavras altera-se em virtude de uma afirmação dar lugar a uma eufórica
exclamação
1) Para D. Miguel,
o luar permitiria que as pessoas vissem mais facilmente o clarão da
fogueira, isso faria com que elas ficassem atemorizadas e percebessem
que aquele é o fim ultimo de quem afronta o regime. A fogueira teria um
efeito dissuasor.
2) Para Matilde,
estas palavras são fruto de um sofrimento interiorizado reflectido, são
a esperança e o não conformismo nascidos após a revolta, a luz que
vence as trevas, a vida que triunfa da morte. A luz do luar (liberdade)
vencerá a escuridão da noite (opressão) e todos poderão contemplar,
enfim, a injustiça que está a ser praticada e tirar dela ilações.
Há que imperiosamente
lutar no presente pelo futuro e dizer não à opressão e falta de
liberdade, há que seguir a luz redentora e trilhar um caminho novo.
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